domingo, 9 de junho de 2013





Meu relato de experiência
  Sou a primeira filha de um casal de nordestinos, quando nasci eles já estavam com mais de 30 anos, maduros. Apesar de terem estudado até a 5ª série ginasial (na época), tinham muito cuidado com a educação escolar das filhas. Em minha casa, sempre tivemos muitos livros, principalmente, enciclopédias (aquelas vendidas de porta em porta). Antes de saber ler (decodificar as letras), eu já era letrada, sabia ler imagens para contar os contos de fadas, que meus pais liam todas as noites para mim, religiosamente. Ir para a 1ª série foi só uma formalidade.
  No ciclo II e Ensino Médio, foi quando tornei a leitura o meu "vício". Os livros eram indicados pelos professores para provas e trabalhos, mas eu os lia com prazer. Adorava a série Vaga-lume. Tornei-me "devoradora de livros", como disse Rubem Braga em seu relato, os livros em casa já não davam conta. Minha escola não tinha biblioteca, havia uma caixa de papelão com cerca de 6 livros jogados no canto da diretoria, quem quisesse podia pegar. Então, descobri a biblioteca pública, ia duas vezes por semana, frequentava a de Itaquaquecetuba e a de Guarulhos. Assim, eu ia suprindo a minha necessidade leitora.
  Hoje, falta-me tempo, sinto falta, tenho obrigações profissionais, familiares e maternais que me impedem de manter o mesmo ritmo.
  Quanto a escrita, escrevia diários na adolescência. Admito não ser fã de compartilhar minhas produções, sejam escritas ou não, por medo de rejeição e crítica. Não gosto de me expor.
  Agora, sou eu que leio para minha filha de 4 anos e ela adora.
Keile de Carvalho

Nenhum comentário:

Postar um comentário